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sexta-feira, 30 de maio de 2025

Japão vai transformar ‘lixo’ em concreto para construções

Material promete ser seguro e resistente, além de reduzir emissões do setor de construção
(Imagem: ungvar/Shutterstock)
Pesquisadores japoneses encontraram uma solução para diminuir as emissões causadas pelo setor de construção. Eles desenvolveram um solidificador de solo feito exclusivamente a partir de resíduos industriais. Basicamente, eles vão transformar ‘lixo’ em concreto para ser reutilizado em construções.


Tudo isso sem deixar a segurança de lado: a equipe garantiu que o desempenho do cimento se mantém, podendo ser usado em estradas, edifícios e pontes como uma alternativa aos materiais poluentes mais tradicionais.

Concreto japonês é feito a partir de resíduos industriais
A invenção é um solidificador de solo que usa resíduos industriais com propriedades aglutinantes e de alta resistência, eliminando a necessidade de cimento. Em palavras mais simples: eles vão usar o ‘lixo’ industrial para criar um novo concreto.

A principal vantagem desta fórmula é que ela não precisa de cimento, material que é um dos maiores emissores de carbono na engenharia civil. Ao mesmo tempo, dá uma nova utilidade aos resíduos que seriam descartados: o composto é formado por uma combinação de pó de construção e vidro reciclado, dois materiais que normalmente acabariam em aterros.

Após serem ativados e tratados termicamente, os elementos utilizados no processo formam uma mistura com resistência à compressão superior a 160 kN/m². Esse número atende (com folga) todos os padrões técnicos de segurança exigidos para infraestrutura pesada, o que o torna ideal para estabilizar o solo sob estradas, edifícios e pontes.

Material ajuda a limpar setor de construções
O cimento mais comum no setor de construções é conhecido por ser um grande emissor de carbono. A alternativa criada pela equipe japonesa evita o uso desse material poluente ao recorrer à chamada geoengenharia de resíduos. Invenção pode ser usada em estradas e prédios (Imagem: Fuzzz/Shutterstock)

Veja como foram os testes:
Durante os testes iniciais, a equipe detectou a presença de arsênio na formulação, um elemento poluente e que ameaça a água potável;
No entanto, ao adicionar hidróxido de cálcio, foi possível neutralizar esse risco ambiental e garantir que o novo concreto fosse limpo;
Além disso, o processamento térmico da mistura em temperaturas controladas (110 °C e 200 °C) aumentou sua reatividade química e eliminou a necessidade do cimento tradicional. Leia mais no olhardigital

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