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domingo, 18 de maio de 2025

Homem com doença invisível demorou 38 anos para ser diagnosticado

Foto: Reprodução
Durante décadas, o empresário Brunno Falcão, 41, conviveu com dores crônicas, fadiga e lesões recorrentes sem obter um diagnóstico. Mesmo atuando há mais de 20 anos com educação para profissionais da saúde, ele só descobriu aos 38 anos que era portador da Síndrome de Ehlers-Danlos (SED), condição hereditária que afeta o tecido conjuntivo e compromete diversos sistemas do corpo. O diagnóstico veio após a insistência da esposa, que o levou a uma clínica especializada em dor. Com informações do Metrópoles.

A dificuldade para identificar a SED é comum, especialmente no subtipo hipermóvel — o mais prevalente —, que não pode ser confirmado por exames laboratoriais ou de imagem. Segundo o neurologista Welber Oliveira, de Brasília, o desconhecimento sobre a síndrome entre médicos contribui para diagnósticos equivocados, muitas vezes confundidos com outras condições, como a fibromialgia. Os sintomas variam, incluindo dores articulares, fadiga, tonturas, náuseas, desmaios e intolerâncias alimentares.

Desde que recebeu o diagnóstico, Brunno passou a tratar a dor com bloqueios simpáticos venosos e medicamentos controlados, além de adotar mudanças na alimentação, nos hábitos diários e no fortalecimento muscular. Segundo ele, o maior alívio veio ao entender a própria condição e aprender a respeitar seus limites físicos. “A SED não me impede de tudo, mas exige preparo”, resume.

Com a experiência acumulada, ele passou a se dedicar à conscientização sobre a síndrome. Compartilhar informações, segundo Brunno, pode evitar que outras pessoas passem pelo mesmo percurso de dor e desinformação. “Me senti sozinho quando recebi o diagnóstico. Agora que sei o que é, faço questão de falar sobre isso. Pode mudar a vida de alguém.”

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