Pílula anticoncepcional masculina passa por testes clínicos pela primeira vez
Testes realizados com animais demonstraram resultados positivos
Reprodução/ Freepik
A pílula foi desenvolvida por pesquisadores da Universidade de Minnesota, em parceria com a Universidade Columbia e a empresa YourChoice Therapeutics, segundo informações publicadas pelo portal Science Alert.
De acordo com os resultados do estudo, em camundongos machos, o anticoncepcional começou a inibir a fertilidade em até quatro semanas após a administração oral, sem causar efeitos colaterais significativos. Cerca de seis semanas após a interrupção do medicamento, a fertilidade dos animais foi restabelecida.
Nos testes realizados com primatas não humanos machos, o YCT-529 reduziu a contagem de espermatozoides dentro de duas semanas após o início do tratamento, também sem efeitos colaterais adversos. Após a suspensão do medicamento, a contagem de espermatozoides voltou ao normal entre 10 e 15 semanas.
Tanto os camundongos quanto os primatas não humanos recuperaram totalmente a fertilidade após interromperem o uso da pílula. Nenhum efeito colateral foi detectado em ambos os grupos.
O medicamento não causou alterações nos níveis de testosterona, FSH e inibina B — hormônios importantes para a produção de espermatozoides. No passado, fórmulas de anticoncepcionais masculinos não foram aprovadas por conterem hormônios que provocavam efeitos colaterais, como ganho de peso, depressão e aumento do colesterol.
Os testes clínicos começaram em setembro de 2024, na Nova Zelândia. Apesar de os resultados ainda não terem sido divulgados, os testes foram bem-sucedidos o suficiente para que o medicamento avançasse para a fase 2, que avalia eficácia e segurança, segundo informações do portal O Globo.
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