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quinta-feira, 17 de abril de 2025

Pesquisa analisa impacto dos ultraprocessados na saúde das mulheres

Aquelas que consomem mais têm maior chance de ter doenças crônicas.
Via: José Cruz/Agência Brasil
Mulheres que consomem mais alimentos ultraprocessados têm maior chance de apresentar doenças crônicas e uma percepção negativa da própria saúde. É o que revela um estudo realizado por pesquisadores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).  Por Agência Nacional

A partir de dados da pesquisa Vigitel, do Ministério da Saúde, o trabalho identificou que mulheres com uma alimentação rica em produtos in natura e minimamente processados, como orienta o Guia Alimentar da População Brasileira, têm 28% menos chances de ter obesidade e 15% menos em relação à hipertensão, na comparação com as mulheres que consomem mais alimentos ultraprocessados. Elas também têm 31% menos chances de apresentar depressão e 45% menos para uma autoavaliação negativa da saúde, na mesma comparação.

Foram analisadas mais de 102 mil entrevistas de mulheres, feitas entre 2018 e 2021, nas capitais dos estados e no Distrito Federal. O estudo apontou, ainda, diferenças socioeconômicas e demográficas entre os perfis alimentares das mulheres. Entre aquelas com uma alimentação menos saudável, a maioria é composta por mulheres negras, com menos de 35 anos, nove a 11 anos de escolaridade e que vivem sem a presença de um companheiro. Em relação às que consomem mais produtos in natura estão as mulheres acima de 50 anos, com nível superior de escolaridade e com companheiro.

Taciana Maia de Sousa, professora da UERJ e uma das autoras do trabalho, avalia que essa desigualdade impacta de forma negativa o acesso das mulheres a alimentos mais saudáveis.

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