Por Redação / BN
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Em oposição ao pedido de revogação da prisão preventiva do general Mário Fernandes, a Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um parecer contrário à soltura do militar, que é um dos 40 indiciados pela Polícia Federal (PF) no inquérito sobre a tentativa de golpe de estado.
O general, que ocupava posição de destaque na Secretaria-Geral da Presidência durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), sendo considerado o “número 2”, foi mentor do plano “Punhal Verde e Amarelo”, que visava matar o presidente Lula (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, segundo a PF.
Também foram indiciados figuras de proa no governo bolsonarista como Braga Netto, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Oliveira, além de Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Valdemar da Costa Neto, presidente nacional do PL, e o próprio Jair Bolsonaro.
Em oficio ao STF, o PGR foi contundente na defesa da prisão. "A determinação da prisão preventiva do requerente (Mário Fernandes) foi adequadamente fundamentada, justificada e sopesada ante as particularidades do caso concreto, que apontou a existência de ações operacionais ilícitas executadas por militares com formação em Forças Especiais (FE) do Exército, com participação do requerente, General de Brigada da reserva, com a finalidade, inicialmente, de monitoramento de Ministro do Supremo Tribunal Federal, para a execução de sua prisão ilegal e possível assassinato, e, posteriormente, com o planejamento dos homicídios do Presidente e Vice-Presidente eleitos, com a finalidade de impedir a posse do governo legitimamente eleito e restringir o livre exercício da Democracia e do Poder judiciário brasileiro."
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