Alfaepoetina e Hidroxiureia, usados no tratamento da doença falciforme, devem estar disponíveis em até 180 dias
Foto: Bio-Manguinhos/Fiocruz
O Ministério da Saúde (MS) divulgou que dois novos medicamentos que fazem parte dos remédios disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) estarão disponíveis para os pacientes que sofrem com anemia falciforme. Alfaepoetina e Hidroxiureia, usados no tratamento da doença, devem estar disponíveis em até 180 dias após a incorporação no SUS.
A alfaepoetina é para pacientes que apresentam declínio da função renal e piora do quadro de anemia; e a hidroxiureia, na apresentação de 100 mg, é para pacientes com pelo menos de 9 meses de idade, e a ampliação da apresentação de 500 mg para pacientes com 9 e 24 meses sem sintomas e complicações. A doença é a enfermidade genética com maior prevalência no país e no mundo, muito comum entre pessoas negras, especialmente em mulheres.
“É um grande marco para a questão da anemia falciforme, uma doença em que cerca de 80% dos diagnósticos estão relacionados à população negra, sendo 52% desses em mulheres. E, ainda mais nesta semana em que celebramos o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha”, destaca o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação e do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (Sectics), Carlos Gadelha.
Números da doença – Entre os anos de 2014 e 2020, nasceram 3,75 pessoas com doença falciforme a cada 10 mil nascidos vivos no Brasil. A taxa de mortalidade por doença falciforme no país é de aproximadamente 1,12 pessoas a cada 100.000 habitantes.
De 2015 a 2019, entre os indivíduos que foram a óbito em razão da doença, a maioria era parda ou negra (78,6%) e (52,2%) eram mulheres. Em 2023, 14.620 pacientes estavam recebendo tratamento da doença por meio das Farmácias do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (Ceaf) do SUS.
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