O Ministério da Saúde registrou 7.236 casos da doença no Brasil, sendo 830 pessoas detectadas na Bahia
Foto: Freepik
A febre oropouche registra um aumento em todo o país em relação a 2023, quando foram confirmados, em todo o ano, 832 casos, de acordo com o Ministério da Saúde. Os estados com maiores números de exames detectáveis para a doença foram Amazonas (3.224), Rondônia (1.709), Bahia (830), Espírito Santo (412) e Acre (265). A doença é considerada endêmica da região amazônica.
O Ministério não registrou casos fora da região amazônica, apenas nos estados do Amazonas, Rondônia, Acre, Roraima e Pará. Na quinta-feira (26), foram confirmadas as primeiras duas mortes pela doença no mundo, ambas na Bahia. Os casos foram registrados em duas mulheres, de 22 e 24 anos, sem comorbidades, o que acendeu um alerta em todo o país para os casos de oropouche.
No estado, pesquisadores já consideram que a “rápida disseminação do vírus é configurada como um surto nas macrorregiões sul e leste, de grande preocupação para a saúde pública”, diz artigo assinado por 20 especialistas em versão inicial para revisão.
Estão ainda em investigação seis casos de transmissão vertical (de mãe para filho) da infecção. São três casos em Pernambuco, um na Bahia e dois no Acre. Dois casos evoluíram para óbito fetal, houve um aborto espontâneo e três casos apresentaram anomalias congênitas, como a microcefalia.
Oropouche – É um vírus já conhecido: foi isolado pela primeira vez no Brasil na década de 1960 e os casos e surtos sempre estiveram concentrados na região Norte. No entanto, partir de 2023, o sistema de detecção dos casos foi ampliado para toda a rede nacional de Lacens (Laboratórios Centrais de Saúde Pública). Com isso, os casos passaram a ser identificados em outras regiões do país.
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