Foto: Arquivo pessoal
A direção da Penitenciária Feminina de Mogi Guaçu, em São Paulo, negou colocar o nome do frentista Gilberto Nogueira, 39 anos, na lista de visitas da sua companheira Daiane dos Santos Farias, 34 anos. A cozinheira foi condenada a quatro anos de prisão por ter cortado inteiramente o pênis de Gilberto com uma navalha de sobrancelha e jogado o órgão sexual dentro da privada, dando descarga em seguida para impedir o reimplante.
Conforme informações repassadas ao O Globo, Daiane confessou ter amputado o marido por vingança, já que ele estaria tendo um caso com uma sobrinha de 15 anos. O crime ocorreu na cidade de Atibaia às vésperas do Natal do ano passado.
Logo após, em janeiro, Gilberto contratou uma advogada para atuar como assistente de acusação e ajudar a condenar a então ex-companheira. Na época, ele afirmou que queria que ela pagasse pelo que fez. No entanto, quatro meses depois o frentista descobriu que ainda amava Daiane e resolveu perdoá-la. Foi então que dispensou a advogada e passou a trocar cartas de amor com a esposa.
Com essa reviravolta, Gilberto tentou depor no julgamento dela como testemunha de defesa, o que não foi aceito pela Justiça. Mesmo assim, ele foi ao fórum e falou a favor da ré. “A culpa foi toda minha”, reiterou em juízo.
Após a condenação, Gilberto solicitou visita íntima com ela em um e-mail enviado à administração da penitenciária. O desejo da visita também foi confirmado pela detenta por meio da sua advogada de defesa.
A direção do presídio negou o pedido na quinta-feira (23) passada, por Gilberto ter sido a “vítima do delito pelo qual ela se encontra detida”. O e-mail contém a assinatura do diretor do Centro de Segurança e Disciplina da Penitenciária de Mogi Guaçu, Márcio Alexandre Moreno. Na mesma mensagem, o diretor sugere que Gilberto consiga uma autorização judicial, caso queira ter encontros com sua amada dentro do presídio.
Nas redes sociais, desde quando resolveu perdoar Daiane, o frentista tem se deparado com acusações de que está tentando colocar em prática um plano de vingança e por esse motivo estava batalhando para conseguir a visita íntima. “Quem diz isso não me conhece. Eu amo a minha mulher mais do que tudo. Estou vendo o que ela está passando e jamais faria mal a ela, pois não quero parar dentro de uma prisão, como ela”, disse Gilberto.
O frentista disse ainda que toda a desgraça que se abateu em sua família começou no momento em que ele resolveu se relacionar com a sobrinha, “magoando muito” Daiane e Deus.
Com o ferimento totalmente cicatrizado, Gilberto disse que está pronto para fazer sexo com a esposa. Mas ele faz questão de deixar claro que está mais ansioso para conversar do que para transar. “Eu a amo mais do que antes. Quero curtir a minha esposa, saber como ela está e fazer muito carinho nela. A relação sexual é uma consequência e não o objetivo”, ressaltou.
O frentista já acionou um advogado para reivindicar na Justiça o direito de encontrar a detenta. Por sua vez, Daiane também vai pedir a um juiz para encontrar o marido.
Ao ser interrogada na Justiça, Daiane disse que mutilou o marido acreditando, na verdade, que estaria se vingando de um tio que a estuprou quando tinha 12 anos e ele 30. “Quando cortei o pênis do Gilberto, pensei que estivesse mutilando o meu tio pela raiva que eu guardo até hoje desse nojento”, disse ela em abril, em entrevista ao O Globo.
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