Pesquisadores da Universidade Johns Hopkins descobriram que menos de 1% das pessoas trans se arrependem da transição de gênero
Foto: reprodução/ SETUR
Um novo estudo feito por pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, mostra que o índice de arrependimento após passar por uma cirurgia ou procedimentos de afirmação e transição de gênero é muito mais raro.
Menos de 1% dos indivíduos transgênero que recebem cuidados de afirmação de gênero relatam remorso por ter feito os procedimentos. A descoberta foi publicada quarta-feira (27) na revista científica Jama Surgery.
Políticos contrários à cirurgia de afirmação de gênero usam a possibilidade de arrependimento como uma justificativa para dificultar os direitos de pessoas transgênero. Eles afirmam que esses indivíduos se arrependeriam da decisão de se submeter aos procedimentos.
Os pesquisadores fizeram uma análise de estudos anteriores, comparando dados de pessoas que passaram por processos cirúrgicos de afirmação de gênero com os de indivíduos cisgêneros submetidos a procedimentos em geral.
Eles constataram que a taxa de arrependimento após a cirurgia de afirmação de gênero parece ser substancialmente menor do que o remorso depois de procedimentos semelhantes entre a população em geral (incluindo indivíduos cisgêneros).
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