Até sexta-feira, dia 3 de fevereiro, ações para esclarecer a população sobre os sintomas, transmissão e tratamento da Hanseníase são realizadas nas Unidades Básicas e de Saúde da Família da Prefeitura de Itabuna. Neste ano, a Secretaria Municipal de Saúde já identificou dois novos casos de doença, que é causada pela bactéria Mycobacterium Leprae e provoca lesões de pele e danos aos nervos.
A coordenadora do Programa de Hanseníase do município, a enfermeira sanitarista Moema Farias de Oliveira disse que durante o ano passado foram diagnosticados 36 casos da doença. No ano anterior, foram 18 ocorrências. “Os números aumentaram porque as pessoas estavam mais preocupadas com o Covid -19 e se esqueceram de observar os sinais da Hanseníase”, frisou.
Ela informou que o diagnóstico e o tratamento da doença são realizados em todas as unidades de Saúde. Segundo Moema, cerca de 90% dos pacientes que iniciaram o tratamento em 2022 são portadores das formas multibacilares da Hanseníase, ou seja, que podem transmitir a doença. “De todos os registros do ano passado, dois foram em crianças de 7 e 12 anos, o que mostra a transmissão ativa da doença”, alerta.
A doença é infecciosa e crônica, mas tem cura se o paciente fizer o tratamento correto que dura entre seis e 12 meses. Além disso, não pode abandonar os cuidados que são monitorados pelos profissionais da unidade de saúde.
É importante atenção com os sinais específicos, dentre eles: manchas claras ou avermelhadas em qualquer parte do corpo, dormência, sensação de formigamento, caroços, placas, dores nos nervos e até inchaço nas orelhas. Havendo suspeita, deve-se buscar a unidade de saúde mais próxima de casa.
Atualmente estão sendo acompanhados na rede pública de Saúde 42 pessoas. A enfermeira Moema Farias disse que caso a patologia seja descoberta tardiamente o tratamento é mais alongado. “Os pacientes são submetidos à poliquimioterapia com antibióticos associados”, falou.
Durante o mês, foi realizada a Campanha Janeiro Roxo. O mês é dedicado ao combate à Hanseníase. Atualmente, o Brasil é o país com o segundo maior número absoluto de casos.
Por isso, a campanha foi idealizada pelo Ministério da Saúde. Alinhada à programação nacional e estadual de enfrentamento à Hanseníase, Itabuna tem realizado atividades educativas e salas de espera nas unidades de Saúde.
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