'Eles [indígenas] têm que se aculturar, não podem mais ficar no meio da mata, parecendo bicho', disse Antonio Denarium
Redação**Foto: Reprodução/Instagram/urihiyanomami
O governador de Roraima, Antonio Denarium (PP), rebateu as críticas sobre crise dos povos Yanomamis na região. Para o gestor, a situação não é exclusiva do estado, é restrita a alguns grupos e acontece há décadas da mesma forma.
Aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro, Denarium disse, em conversa com a coluna Painel do jornal Folha de S. Paulo, que a responsabilidade por esse cenário não é do Governo de Roraima, mas de todos os últimos presidentes.
“Foi dada publicidade há um problema que é recorrente há 20 anos”, disse. “Estão criando um fato que não é de hoje”.
O governador defendeu que os indígenas deveriam se articular para começar a explorar suas áreas, férteis em minérios, e cita o exemplo dos cassinos instalados em reservas indígenas nos EUA.
“Imagine você desempregado, pobre, passando fome, doente. Dentro da sua casa tem um quadro do Picasso que vale US$ 1 bilhão. O que você faria? Venderia. Aí pega o dinheiro e melhora sua qualidade de vida. Igual aos indígenas americanos”, diz ele, que conta ter visitado locais do tipo em Nova York.
Denarium diz que a responsabilidade de saúde das comunidades indígenas, especialmente isoladas, é do governo federal. “Tenho 260 escolas em comunidades indígenas. Eles querem ser advogados, professores, médicos. Eu acho correto. Eles [indígenas] têm que se aculturar, não podem mais ficar no meio da mata, parecendo bicho. Eles têm que estar lá com condição, com estrada, escola, posto de saúde, fazendo agricultura deles, produzindo macaxeira, farinha”, afirmou.
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