Aliados do ex-presidente cogitam reforçar a terceira via, representada por Eduardo Girão, para levar a disputa entre Pacheco e Marinho para o segundo turno
Fotos: Wilson Dias/Agência Brasil e Jefferson Rudy/Agência Senado
Se na Câmara a reeleição do presidente Arthur Lira (PP-AL) se apresenta como sacramentada, como definiu a deputada baiana Lídice da Mata (PSB), no Senado os aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) querem endurecer o jogo contra o presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Além do apoio à candidatura já posta do senador eleito e ex-ministro Rogério Marinho (PL-RN), os aliados do governo passado cogitam reforçar a candidatura de terceira via do senador Eduardo Girão (Podemos-CE), visando chegar ao segundo turno entre Marinho e Pacheco.
Apesar do revés na disputa pelo Planalto, os bolsonaristas conseguiram alguns resultados importantes na eleição para o Senado, como os ex-ministros Marcos Pontes (SP), Damares Alves (DF) e o próprio Rogério Marinho. Eleito pelo Paraná, o ex-ministro Sérgio Moro também deve reforçar a bancada bolsonarista, mesmo tendo tido rusgas com o ex-presidente quando saiu do Executivo.
Levantamento do Estado de S. Paulo indica Rodrigo Pacheco conta com 22 votos certos, contra 13 de Marinho, em um total de 81 senadores. A base do presidente Lula se aproximou do atual presidente, mas a a maioria dos senadores ainda aguardam uma orientação partidária. A ex-ministra Damares Alves afirmou estar em campanha por Marinho: “Não só vou votar, como vou pedir votos para ele”.
Nas redes sociais, os bolsonaristas tentam minar Pacheco. Segundo o Monitor de Redes Sociais do Estadão – em parceria com a empresa Torabit – na semana passada o atual presidente Pacheco concentrou 65% das publicações – ante 19% de seu principal adversário –, mas das 20 postagens mais relevantes sobre o assunto, 18 são contrárias ao atual presidente do Senado.
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