Foto: César Greco/Palmeiras
Abel Ferreira mais uma vez respondeu sobre a possibilidade de assumir o comando da seleção brasileira. O treinador português manteve o discurso de lealdade ao Palmeiras e voltou a dizer que vive o “aqui e o agora”, reforçando a ideia de permanecer no clube paulista, um “dos maiores do mundo”, nas suas palavras. Via Superespostes / Correio
“Vivo o aqui e o agora. O aqui e agora é o Palmeiras, ser treinador de um dos maiores clubes do mundo. Estou muito feliz e realizado onde estou. Vivo com o aqui e agora. A realidade é esta e é isso em que me foco”, justificou.
A declaração foi dada durante o lançamento de seu livro “Cabeça Fria, Coração Quente” nesta quarta-feira, 28, no Instituto de Oncologia do Porto, em Portugal. Ele curte em sua terra natal os últimos dias de férias antes de retornar ao Brasil e começar a pré-temporada com o Palmeiras em janeiro.
O treinador reiterou que não pensa em novos desafios, seja na seleção brasileira ou em outra equipe por enquanto, porque vive uma relação conjugal com o Palmeiras na qual está tudo bem e não vê “essa necessidade de mudar”.
Ele também foi questionado sobre a chance de treinar a seleção portuguesa e deu uma resposta na mesma linha de raciocínio. “É um orgulho ser português, mas volto a referir: a minha realidade é o Palmeiras”, enfatizou.
“Renovamos no início do ano, me proporcionam todas as condições e estou muito feliz”, completou o técnico, citando a extensão de seu contrato, vigente até o fim de 2024.
Em todas as vezes em que respondeu sobre a possibilidade de dirigir a seleção brasileira, Abel manteve uma mesma postura. Primeiro, disse que era muito novo para treinar uma seleção, depois afirmou que não tem “intenção nenhuma” de comandar o Brasil. Perto do fim do Brasileirão, argumentou que só sairia do Palmeiras se o clube lhe mandasse embora e que estava feliz no atual campeão nacional.
O perfil buscado pela CBF para suceder Tite é de alguém vencedor e que tenha identidade com o futebol nacional. Abel se encaixa nessa ideia, mas, segundo apurou o Estadão, não é o primeiro da lista. Outros estrangeiros como o italiano Carlo Ancelotti, multicampeão no futebol europeu, encabeçam a relação dos preferidos.
O presidente Ednaldo Rodrigues vai atrás de um técnico que saiba fazer a seleção jogar bonito e que encante o torcedor. A ideia de romper com o paradigma de sempre ter técnicos brasileiros no comando da CBF e contratar um estrangeiro agrada Ednaldo, desde que esse profissional “tenha competência e realmente um envolvimento com aquilo que o futebol brasileiro necessita”, nas palavras do mandatário.
A procura já começou, mas o sucessor de Tite só será anunciado em janeiro de 2023. As informações de que “emissários” do dirigente haviam sondado o estafe de Pep Guardiola e de alguns treinadores que atuam no País sempre foram negadas com veemência pela entidade.
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