Agora juíza, Rosilene lembra da infância difícil. A família chegou a pedir restos de ossos em açougue para se alimentar.
Foto: Hériklis Douglas
De doméstica ao magistrado. A vida da baiana Rosilene de Santana Souza, 38 anos, mudou graças à educação. Ela é filha de trabalhadores rurais e deixou a casa em que morava no sertão da Bahia, aos 19 anos, em busca do sonho de estudar Direito. Ela superou todas as dificuldades e agora vai ser juíza! Por Jéssica Souza / SNB
Rosilene lembra da infância difícil… a família chegou a pedir restos de ossos em açougue para se alimentar. Ela dividia o mesmo tênis com a irmã para ir à escola e dormia na cozinha de uma casa onde trabalhava como doméstica, enquanto estudava.
“Ainda não acredito. Acho que a ficha ainda não caiu. Eu ainda não desabei, não chorei. Mas é gratificante olhar para trás e ver que todo o esforço valeu a pena, não foi tudo em vão”, afirmou Rosilene.
Infância difícil
A família da mais nova juíza morava em uma comunidade no município de Oliveira dos Brejinhos, no sertão baiano.
Ela e a irmã, ainda criança, chegaram a dormir no chão de uma casa de uma amiga da família, para ficarem perto de uma escola e estudar.
Rosilene chegou a ficar sem estudar quando tinha 10 anos porque não havia professor na escola da localidade. Mas isso não fez a garota desistir de alcançar seus objetivos.
“Trabalhar pela minha sobrevivência, mas estudar sempre foi meu objetivo. Foi muito difícil desde o início”.
Com apenas 12 anos, ela trabalhava como doméstica para ajudar em casa.
Direito
Aos 19 anos ela deixou o sertão baiano e foi para Colatina, Espírito Santo e tentou fazer faculdade. “Quando cheguei em Colatina, fui trabalhar em casa de família e não consegui fazer faculdade na época porque o valor que eu ganhava não era o suficiente para pagar”, lembra. Leia tudo no sonoticiaboa
Nenhum comentário:
Postar um comentário