O Brasil foi o país, entre 22 nações, que somou o maior número de pessoas que deixaram de fazer cirurgias de transplantes por causa da pandemia da Covid-19. O dado consta em um estudo divulgado nesta terça-feira (31), por um consórcio internacional de cientistas. De acordo com o jornal O Globo, em 2020 foram realizadas 2.174 cirurgias deste tipo a menos em comparação com o ano anterior.
A reportagem destaca que a redução representa queda de 29% entre 2019 e 2020. A taxa identificada no Brasil não é a mais preocupante do mundo, mas é quase o dobro da média global de 16% identificada no estudo. Esses números são relativos aos transplantes de rim, fígado, pulmão e coração. Foto: Reprodução/Pixabay
O estudo foi conduzido pelo centro de pesquisa em transplantes da Universidade de Paris identificou que alguns países conseguiram minimizar o transtorno da Covid-19 nos transplantes, mas todos sofreram em alguma medida.
A reportagem O Globo também destaca que nos 22 países pesquisados, mais de 11 mil transplantes deixaram de ser feitos.
Outro ponto que a matéria chama atenção é para o fato de que os pacientes na fila do transplante são, em grande parte, doentes terminais. Diante disso, pesquisadores estimam que essa lacuna significa uma enorme redução coletiva de sobrevida. Somado, o tempo de vida perdido por esses pacientes com o atraso dá mais de 48 mil anos.
Apesar de o número do Brasil não estar proporcionalmente entre os piores, o impacto verificado no país é grave em vista do tamanho da fila dos transplantes. O país entrou na pandemia com cerca de 45 mil pacientes esperando por cirurgias.
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