Dados divulgados pelo Banco Central (BC) na quarta-feira (28) mostraram que o endividamento das famílias alcançou os 58,5% em abril. Esse é o maior percentual da série histórica, iniciada em janeiro de 2005.
Segundo o Estadão, o número apresentado pelo BC significa que para cada R$ 100 que uma família recebeu no último ano, ele já tem uma dívida contratada de R$ 60.
O comprometimento mensal ficou em 30,5% em abril, o que corresponde que de cada R$ 100 recebidos mensalmente, R$ 30 foram utilizados para pagamento de parcelas dos empréstimos.
De acordo com especialistas, a situação financeira das famílias, principalmente afetada por um momento em que as taxas de desemprego e inflação estão elevadas, pode ser um fator que irá dificultar o crescimento econômico.
Para o economista-chefe da MB Associados, Sérgio Vale, “os juros vão subir, e as famílias que já estão endividadas terão opções de crédito ainda mais caras, o que pode comprometer a retomada do consumo no ano que vem”. O especialista ainda calcula o crescimento de 1,8% da economia em 2022 e que a retomada dos empregos será num ritmo lento.
Vale também defende que o processo de retomada do emprego terá um impacto direto na renda dos brasileiros, que já está baixa. Redação BP Money
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