Com 4 mil pés de alface, a chácara do agricultor Paulo Alves serve de sala de aula para cursos de hidroponia e de hortas. Ele se orgulha de ter voltado a estudar e concluir o 2º grau já adulto, após repetir a terceira série até os 18 anos, com dificuldades para ler e escrever
Fonte: G1
Foto: Divulgação
Um verdadeiro contador de histórias, o agricultor Paulo Rodrigues Alves já passou por muitas dificuldades na vida, como a perda do movimento das pernas e a dificuldade de aprendizado devido à dislexia. Ainda assim, hoje, aos 57 anos, ele é referência no plantio de alfaces na cidade de Nazário, em Goiás, graças à adoção da hidroponia.
"Quando perguntam, eu falo: ‘Eu não sou deficiente, eu sou eficiente’. Tenho minhas limitações, como todo homem e toda mulher têm”, afirma o produtor que, ao encarar a cadeira de rodas, diz apenas ter sentido medo da piedade alheia.
A técnica hidroponia, adotada por Paulo, consiste em cultivar sem o uso do solo. Nela, as raízes recebem uma solução que contém água e todos os nutrientes essenciais para o desenvolvimento da planta, explica Ricardo Pereira, engenheiro agrônomo e instrutor do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) Goiás.
Com o método, a hortaliça, que seria apenas para sustento próprio, rendeu o suficiente para a comercialização e a lavoura de Paulo se tornou sala de aula para cursos sobre o tema e para estudantes de escolas públicas.
Sistema de hidroponia consiste na plantação sem o uso do solo — Foto: Arquivo Pessoal
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