por Jade Coelho**Foto: Reprodução/Youtube
O ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirma que o presidente Jair Bolsonaro quer “não-ministros” no governo, e por isso todos os que pensam diferente e tentam trabalhar de maneira mais técnica acabam sendo exonerados. “A história dele de tratamento de seus ministros é bem demonstrável nesse último da Saúde, Pazuello, ele usou essa pessoa, prestou para aquele assunto de não ser Ministro da Saúde, quando ele [Bolsonaro] viu o tamanho do problema que se meteu foi lá e desprezou o general”, disse Mandetta nesta segunda-feira (29) em entrevista ao Bahia Notícias no Ar, da rádio Salvador FM 92,3.
Como exemplos de ministros descartados por não seguirem cegamente o presidente da República, Mandetta citou Sérgio Moro (Justiça), Santos Cruz (Secretaria de Governo) e Bebianno (Secretaria-Geral da Presidência). “Vários que tentaram fazer algo mais técnico caíram nessa lógica de política perversa”, opinou.
Mandetta também comentou a saída do chanceler Ernesto Araújo do cargo. “Esse ministro das Relações Exteriores se suicidou. Ontem fez sua carta de suicídio ao atacar uma senadora da republica sem nenhum fundamento, e não tinha condição nenhuma de permanecer no cargo. Pena que precisou chegar nesse ponto, depois de ter feito tanto desserviço nas relações internacionais do Brasil”, comentou.
Sobre a situação enfrentada pelo Brasil atualmente em relação a pandemia da Covid-19, Mandetta considera consequência de uma “barbeiragem absurda”. A defesa por mudanças na condução da crise sanitária foi um dos motivos que o levou demissão do cargo de ministro da Saúde.
Na época em que conduziu a pasta ainda não tinham vacinas contra a Covid-19, mas Mandetta critica a maneira como o governo federal lidou com a questão.
“Infantilidade, falta de preparo tamanho”, classificou. “E agora estamos vivendo esse pesadelo”, complementou.
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