Foto: Divulgação
O Ministério da Saúde foi alvo de um vazamento de senhas dos seus sistemas que expôs informações médicas de cerca de 16 milhões de brasileiros que tiveram diagnóstico suspeito ou confirmado de Covid-19. De acordo com informações apuradas pelo Estadão, dados pessoais e médicos ficaram expostos na internet durante quase um mês.
A lista de pessoas que tiveram os dados expostos inclui personalidades políticas do Brasil, a exemplo do presidente da República Jair Bolsonaro e outros familiares; o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello; outros seis titulares de ministérios, como Onyx Lorenzoni e Damares Alves; o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e mais 16 governadores, além dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).
As senhas davam acesso aos registros de Covid-19 lançados em dois sistemas federais: o E-SUS-VE, em que são notificados casos suspeitos e confirmados da doença quando o paciente tem quadro leve ou moderado; e o Sivep-Gripe, em que são registradas todas as internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), ou seja, os pacientes mais graves.
As informações pessoais divulgados incluem CPF, endereço, telefone e doenças pré-existentes.
O vazamento de dados não tem relação com o ataque hacker sofrido pelo Ministério há algumas semana, afirma a reportagem do Estadão. A explicação é de que as informações ficaram abertas para consulta após um funcionário do Hospital Albert Einstein divulgar uma lista com usuários e senhas que davam acesso aos bancos de dados de pessoas testadas, diagnosticadas e internadas por Covid nos 27 Estados.
O Einstein informou que tem acesso aos dados do Ministério da Saúde porque está trabalhando em um projeto em parceria com a pasta.
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