Os servidores da Justiça do Trabalho na Bahia podem decretar uma greve sanitária, nos mesmos moldes decretados pelos servidores da Justiça Federal e da Justiça Eleitoral. Na última semana, o Sindicato dos Servidores da Justiça Federal na Bahia (Sindjufe-BA) discutiu com os funcionários do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-BA) o retorno ao trabalho presencial.
Na última segunda-feira (21), o TRT da Bahia deu início ao projeto piloto para retomada gradual das atividades presenciais. O coordenador do Sindjufe, Jailson Lage, afirma que a entidade sindical tem dialogado com as gestões dos tribunais para garantir medidas de segurança sanitária para os trabalhadores que precisem trabalhar nos prédios dos órgãos.
“A diretoria continua reafirmando para as Administrações dos Tribunais que não existem condições de retorno ao trabalho presencial, e nem a necessidade, já que temos feito com sucesso a prestação de trabalho de forma remota. O número de mortes ainda não diminuiu e a volta aos locais de trabalho coloca em risco a saúde e a vida, tanto de servidores e familiares, quanto a de advogados, trabalhadores terceirizados, magistrados e jurisdicionados. A Assembleia Geral será o próximo passo para a mobilização em defesa da vida”, afirmou Jailson Lage.
O coordenador não descarta a possibilidade de greve sanitária no TRT-BA, mesmo com a previsão de retorno gradual dass atividades presenciais. No primeiro dia deste retorno presencial, Jailson Lage, dirigiu-se ao prédio do Tribunal, mas não conseguiu acesso. “A greve sanitária é necessária e tem que ser deliberada para que isso aconteça desde logo, independentemente de haver alguém atualmente no trabalho presencial que esteja supostamente desconfortável com a situação. Como categoria temos que informar o nosso posicionamento em relação a perspectiva futura de um possível retorno”, destacou o servidor do TRT-BA, Thiago Farias.
Para o sindicato, diante da gravidade da pandemia e das medidas já implementadas, o trabalho remoto deve ser mantido para segurança do servidor. Foi explicado ainda que, a greve sanitária já é uma realidade na categoria, mas que precisa ser avaliada com mais profundidade e diálogo com os colegas. Uma próxima assembleia setorial já foi marcada para o dia 6 de outubro, com o objetivo de discutir sobre os próximos passos de mobilização contra o retorno presencial.
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