Turistas no Cristo Redentor com novas regras sanitárias - Foto: Tânia Rego/Agência Brasil
Seis meses depois da confirmação do primeiro caso de Covid-19 no Brasil, completados nesta quarta 26, a pior fase da doença “já passou”, afirma especialista.
“Eu diria que a pior fase da doença passou, agora a tendência ainda é obviamente a gente conviver com esse novo coronavírus por muito tempo, até que a gente tenha uma vacina eficaz e com uma cobertura muito elevada no país, mas eu acho que a pior fase passou”, afirmou Alexandre Chieppe, médico sanitarista da Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro, em entrevista à agência Sputnik.
Só que ainda não dá pra comemorar, nem relaxar das medidas protetivas porque o sanitarista acredita na possibilidade de o Brasil viver uma segunda onda da COVID-19.
“A segunda onda está muito mais relacionada ao cometimento daquelas pessoas que em um primeiro momento ficaram isoladas e que depois começaram a se expor. O que a gente está vendo aqui é que efetivamente essa segunda onda não vem acontecendo com a intensidade que algumas pessoas imaginavam. Na verdade, a segunda onda que a gente está vendo é a da interiorização da pandemia”, acredita.
Vacinação
Alexandre Chieppe, acredita que assim que sair uma vacina contra a Covid, o Brasil estará pronto para iniciar a vacinação em massa porque tem expertise.
“O Brasil tem um dos sistemas de imunização mais abrangentes do mundo, então a gente já tem uma experiência de campanha de vacinação, mas é um desafio muito grande. Isso teria que ser escalonado ao longo de alguns meses para que os serviços de saúde tenham capacidade de vacinar essa população toda. A partir de uma disponibilidade de uma vacina certamente a gente precisaria de uns seis meses, oito meses para garantir a vacinação de toda a população”, completou.
O último balanço do Ministério da Saúde mostra que somente nas últimas 24 horas o Brasil registrou 1.085 novas mortes pela COVID-19 e 47.161 novos casos confirmados da doença em relação ao que foi contabilizado na terça-feira (25).
Mais de 117 mil brasileiros já morreram e o país tem mais de 3.717.156 de casos confirmados da doença.
O Brasil é o segundo país mais afetado do mundo, atrás apenas dos EUA. A doença já chegou a 98,4% dos municípios, de acordo com o Ministério da Saúde. Com informações da Sputnik
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