Diversos órgãos pediram na Justiça o bloqueio imediato de R$ 26,6 bilhões da mineradora Vale S/A pelos danos causados com o rompimento das barragens da Mina Córrego do Feijão, localizada em Brumadinho. O desastre, ocorrido em janeiro do ano passado, causou a morte de 270 pessoas, sendo que até hoje 11 continuam desaparecidas. O pedido foi feito pela Advocacia-Geral da União (AGU), o Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG), a Defensoria Pública Estadual (DP-MG), o Ministério Público Federal (MPF) e a Defensoria Pública da União (DPU).
Os órgãos ainda pedem o pagamento de indenização de aproximadamente, R$ 55 bilhões: R$ 28 bilhões por danos morais coletivos e danos sociais; R$ 26,6 bilhões pelos danos econômicos sofridos pelo estado mineiro e pelo menos R$ 361 mil pelos danos causados ao sítio arqueológico "Berros II".
As entidades pedem o imediato julgamento, por meio de decisão parcial de mérito. Ressaltam a necessidade da concessão de liminar alegando que os danos causados pela Vale atingem patamar superior a 45 bilhões de reais, "colocando em risco a efetividade da prestação jurisdicional". De acordo com a ação, a magnitude da tragédia é "incontestável", tendo causado "enorme devastação ambiental" com reflexos sobre a vida e as atividades econômicas de milhares de indivíduos, inclusive para o crescimento da economia de Minas Gerais, estado com grande produção mineral.
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