por Fernando Duarte * BN
Ao longo dos últimos dias, o presidente Jair Bolsonaro ultrapassou muitos limites civilizatórios. Não há qualquer surpresa nos episódios. Desde que era deputado federal, Bolsonaro jamais escondeu o que pensa e o que carrega dentro de si – mesmo que seja preconceitos, barbáries e atentados aos direitos humanos. Ou seja, ao invés de fingir que houve uma versão “paz e amor” durante o período eleitoral, que justificou a vitória dele nos dois turnos, já passou o momento de admitir que ele está de fato e de direito no Palácio do Planalto. E isso não deve mudar em um curto prazo, apesar das sucessivas tentativas de enquadrar as falas dele como quebra de decoro. Foto: Marcos Corrêa/PR
Falar em impeachment só vai alimentar o ódio vigoroso que impulsionou a candidatura de Bolsonaro à Presidência. Ainda assim, o tema vai aparecer com frequência no noticiário, mesmo que seja para marcar o posicionamento de adversários. Sendo bem pragmáticos, o presidente pode não reunir as melhores condições políticas para garantir ampla maioria no Congresso Nacional, mas está longe de não as ter para permanecer no posto. E, ao jogar para uma plateia que compartilha valores com ele, Bolsonaro consegue manter o ritmo pré-campanha que o posicionou como protagonista do processo eleitoral do Brasil.
Porém a verborragia presidencial deve ter consequências a médio e longo prazo que dificilmente serão mensuradas com facilidade. O ataque a “paraíbas” voltará a acontecer. A crítica e a ameaça à liberdade de imprensa também. Tudo em https://www.bahianoticias.com.br/noticia/238257-bolsonaro-ultrapassa-limites-mas-ninguem-pode-dizer-que-e-uma-surpresa.html
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