Ninguém sabe seu nome ou a língua que fala. No entanto, ele vive e anda sozinho pela floresta Amazônia na região de Rondônia, conforme registrado em uma filmagem rara e recém-divulgada. As informações são da Science Alert.
Apelidado de “Homem do Buraco”, em referência às grandes profundezas que escava para capturar vidas selvagens, o indivíduo é o último sobrevivente de um ataque brutal realizado contra sua tribo em 1995.
Sobrevivendo e solitário há 23 anos, o homem permaneceu em completo isolamento, embora estivesse sendo monitorado de longe pela FUNAI.
“Este homem, que nenhum de nós conhece, e que perdeu quase tudo, inclusive o resto do seu povo, prova que é possível sobreviver e resistir ao contato“, disse o coordenador regional da FUNAI, Altair Algayer. “Eu acho que ele está bem melhor do que se estivéssemos feito contato”.
Embora a FUNAI acredite que o homem nunca tenha sido contatado por pessoas do mundo exterior, isso chegou muito perto de acontecer – pelo menos uma vez. Em 2004, ele disparou uma flecha em advertência, atingindo na ocasião um funcionário da FUNAI. A vítima se recuperou do ataque, mas o episódio foi tomado como uma prova de que – depois de tudo o que ele passou – não queria ter contato com ninguém.
“Eu entendo sua decisão“, disse Algayer ao The Guardian. “É o seu sinal de resistência e um pouco de repúdio, ódio, depois de tudo o que fizeram com sua tribo”.
A razão pela qual o vídeo foi divulgado recentemente pela FUNAI, em parceria com a Survival International, uma ONG que visa proteger os povos indígenas, é destacar a situação das tribos isoladas da Amazônia, que estão em constante risco de violência e invasão de forças externas.
O problema, de acordo com José Carlos Meirelles, um ex-funcionário da FUNAI que trabalha com tribos isoladas desde 1971, é que não há espaços vazios na Amazônia. “Você sobrevoa e vê toda aquela floresta, mas lá embaixo está cheio pessoas – traficantes de drogas, madeireiros ilegais e outros”, disse ele ao The New York Times. Leia tudo em http://www.jornalciencia.com
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