Foto: Reprodução / Caraíbas FM
O impacto da Internet sobre a participação on/off dos eleitores de Salvador na eleição presidencial deste ano será investigado. A análise será feita pelo Instituto de Opinião P&A - Pesquisa e Análise em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Com amostra de 625 entrevistas domiciliares, a margem de erro previsto é de 3,9 pontos para mais ou para menos e intervalo de confiança de 95,5%. Desenvolvida desde a eleição presidencial de 2014, essa investigação dá prosseguimento aos estudos da pesquisadora Rosane Santana, doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia (Facom - Ufba).
"O trabalho de Rosane Santana agrega de forma inestimável para a literatura brasileira, que é uma literatura que ainda está se constituindo, aquela que aborda o papel da Internet, o papel da web, o papel das redes sociais nas campanhas eleitorais. Ele tem uma abordagem singular à medida que combinA a pesquisa na web, ou seja, a investigação do que ocorreu on-line com um trabalho de campo onde se estabeleceu uma amostra e esse conjunto de pessoas revelou características, traços do seu comportamento ao longo do ano daquela eleição que foi analisada. Isso daí, do ponto de vista metodológico, é bastante diferenciado", defende o cientista político Antônio Lavareda.
O campo será aplicado após o segundo turno da eleição, em diversos bairros da capital baiana, a fim de obedecer à distribuição populacional prevista no novo Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano. Mas antes será elaborado um projeto piloto para ajuste do questionário, com base em entrevistas em bairros previamente selecionados para refletir a composição sociodemográfica da capital.
As variáveis analisadas serão sexo, idade, renda, escolaridade, religião, etnia, frequência de acesso à internet, consumo de mídias, participação em mídias sociais, participação cívica, preferência partidária, participação política on-line e off-line e hábitos de uso das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs). Na terceira etapa, os dados colhidos vão embasar a investigação dos condicionantes da participação eleitoral digital.
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