Por Robson Pires
A campanha eleitoral que definirá o próximo inquilino do Palácio do Planalto nem começou ainda, mas a temporada das pesquisas de intenção de voto já foi aberta. Quase toda semana algum instituto divulga uma pesquisa nova.
Muita gente duvida da confiabilidade das pesquisas. Vários alunos já me fizeram a clássica (e ingênua) objeção: “Professor, eu não acredito em pesquisas porque nunca fui entrevistado por nenhum instituto, e também não conheço ninguém que tenha sido”. Na verdade, é relativamente simples demonstrar que amostras aleatórias de 2 mil eleitores (ou até menos) podem ser um termômetro perfeitamente fiel – dentro de certos limites – das preferências eleitorais dos 150 milhões de brasileiros que votarão em outubro.
O grande problema das pesquisas que foram divulgadas até o momento é de outra natureza. E ele nada tem a ver com as teorias estatísticas subjacentes às pesquisas por amostragem. O problema é que ninguém sabe ainda quem realmente serão os candidatos a presidente. As convenções partidárias que escolherão formalmente os presidenciáveis ocorrerão entre 20 de julho e 5 de agosto. Até lá, nós podemos apenas supor quem serão os candidatos. Acertaremos em alguns casos, mas erraremos em muitos outros.
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