Téo Takar**Do UOL, em São Paulo
As descobertas gigantes no pré-sal tornaram o Brasil autossuficiente na produção de petróleo. O volume total extraído hoje no país, de 2,6 milhões de barris por dia, em tese, seria capaz de atender à demanda nacional por combustíveis.
Na prática, porém, o país ainda não se livrou da importação de petróleo e derivados. Pelo contrário, os volumes importados têm aumentado nos últimos anos. Segundo especialistas, há motivos técnicos e econômicos para justificar essa contradição. Veja as explicações mais abaixo.
Petróleo brasileiro é difícil de refinar
O petróleo predominante no Brasil é do tipo pesado, mais denso e difícil de refinar, explica o professor Celso Grisi, da Fundação Instituto de Administração (FIA).
"As refinarias brasileiras precisam misturar o óleo pesado nacional com o óleo leve importado para conseguir refinar. A Petrobras acaba exportando o petróleo excedente e importando óleo leve para fazer a mistura. O problema é que o óleo pesado é mais barato do que o leve. Ganhamos menos com a exportação e gastamos mais com a importação", diz Grisi.
A situação das importações já foi pior no passado, quando as refinarias eram mais dependentes do óleo leve. "Uns 10 anos atrás, cerca de 50% do petróleo refinado pela Reduc (Refinaria Duque de Caxias, no estado do Rio de Janeiro) vinha do Oriente Médio", afirma Márcio D'Agosto, professor de Engenharia de Transportes da Coppe/UFRJ.
"Nos últimos anos, a Petrobras fez diversos investimentos nas refinarias para ampliar a capacidade técnica de refino de óleo pesado e reduzir a necessidade de importação de óleo leve", diz D'Agosto. Leia mais em: https://noticias.bol.uol.com.br
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