Foto: Reprodução / Facebook
O empresário Danilo Vunjão Santana Gouveia, baiano e Itabuna de 34 anos, foi preso em Dubai por esquema de pirâmide financeira. Mansão, Ferrari, helicóptero e jatinho eram corriqueiros em suas redes sociais. Os prazeres foram financiados com milhares de pessoas que aderiram à empresa D9 Clube de Empreendedores. A empresa de fachada foi forjada pelo baiano para comandar um esquema de pirâmide que pode ter rendido até R$ 200 milhões, de acordo com investigações feitas pela polícia da Bahia e do Rio Grande do Sul. Na sogra da casa de Danilo foram encontrados R$ 1 milhão em espécie. A Justiça da Bahia bloqueou cerca de R$ 25 milhões em bens de pessoas ligadas à empresa. Metade do valor foi encontrada apenas em uma conta bancária em nome de Danilo Santana. O presidente da empresa foi preso no dia 13 de fevereiro por agentes da Interpol ao desembarcar no aeroporto de Dubai, fruto de um decreto de prisão preventiva emitida pelo juiz Ricardo Andrade, do Rio Grande do Sul. O MInistério de Justiça brasileiro tenta extraditá-lo em um processo que promete ser demorado. Ele fez o pedido de colaboração premiada com o Ministério Público Baiano e está esperando que o juiz Murilo Luiz Staut Barreto, da 1ª Vara Criminal de Itabuna. Ele autorizou seu advogado a negociar com milhares de vítimas da D9, sem apresentar proposta de devolução de dinheiro. O advogado dele está com a carteira da OAB suspensa. As acusações são de crimes contra economia popular, associação criminosa, estelionato e lavagem de dinheiro. Além de vítimas do golpe espalhadas por todo o país, há investidores ludibriados pelo esquema da D9 identificados pela reportagem em países como Argentina, Uruguai, Uganda, Quênia, Nigéria, China, Japão, Estados Unidos, Afeganistão, Itália, Paraguai. Somente no país vizinho, uma investigação do Ministério Público local detectou cerca de 30 mil cidadãos prejudicados, de acordo com o jornal "ABC Color". BN
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