Pode parecer provocação de Ricardo Noblat, mas seu artigo tem coerência.
A candidatura de Fernando Haddad, ex-prefeito de São Paulo, não empolga os petistas carentes de votos para se eleger ou se reeleger, parte deles encrencada com a justiça.
A de Jaques Wagner, duas vezes governador da Bahia, ex-ministro dos governos Lula e Dilma, poderia empolgar – mas não empolga a Wagner. Ele sonha com uma vaga de senador.
Por que não Dilma? O mandato dela foi cassado, mas seus direitos políticos, não. Ela conseguiu até aqui parecer honesta, embora tenha compactuado com tanta desonestidade.
O discurso do PT de que o impeachment foi golpe, pode não ter colado como o partido queria, mas serviu para manter sua militância unida e constrangeu o resto da esquerda.
Se antes era desaconselhável convidar Dilma e Lula para a mesma mesa, hoje deixou de ser. Os dois estão sempre juntos como as principais vítimas do “golpe” ainda em curso.
Por que não Dilma? À falta de outro, vai ela mesma. (Foto: Ueslei Marcelino/Reuters)
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