Patroa demite doméstica por ela ter usado o único banheiro da casa e os prints do WhatsApp revoltam internautas
Em mais um relato estarrecedor feito na página “Eu, empregada doméstica”, onde mulheres que atuam como empregadas domésticas contam sobre abusos e humilhações que sofrem no trabalho, o caso de uma doméstica em particular causou revolta na internet.
Basicamente, a funcionária foi demitida pela patroa via WhatsApp por apenas ter usado o banheiro da casa.
O caso, que foi divulgado por meio de prints, revela a conversa que a empregadora, identificada apenas como “Dona Juliana”, teve com a empregada. Nela Júlia afirma que apesar da faxina ter ficado boa, não estava mais disposta a continuar com o serviço. Quando a empregada se desculpou e perguntou o motivo, foi informada que teria usado o único banheiro da casa.
“Aqui em casa só temos um banheiro e você utilizou por que eu ouvi a descarga”, escreveu a patroa. “Sabe, isso é anti-higiênico. Você faz isso na casa das pessoas que trabalha?”.
“Não acredito que você esta me dispensando por que eu utilizei o banheiro”, respondeu a doméstica. “Trabalhei igual condenada e não tinho direito nem de utilizar o banheiro? Não tenho nenhuma doença, viu, Juliana. Deixei tudo limpinho”, acrescentou.
Ainda sem perceber a própria incoerência, a patroa revela que jogou os talheres utilizados pela empregada fora, uma vez que a tinha avisado para “usar os descartáveis”, bem como a ameaça de divulgar o caso no Facebook para que ninguém mais a contrate.
“Pode postar! Eu estou em paz”, responde a funcionária.
A publicação causou grande revolta em usuários na internet, com algumas delas relembrando o filme “Histórias Cruzadas”. “Era bom só fazer o bolo de bosta com chocolate e dar para essa Sinhá comer. Q bruxa!”, escreveu um deles.
De acordo com o Metrópoles, a página “Eu, empregada doméstica”, que conta com mais de 160 mil curtidas, foi criada pela ex-doméstica Joyce Fernandes, que hoje atua como historiadora, rapper e ativista. Lá são contadas histórias de abusos e humilhações sofridas, principalmente por mulheres negras, dentro de uma profissão que ainda é tratada de maneira excludente e secundária. [ Metropoles ] [ Fotos: Reprodução / Metropoles ]
Nenhum comentário:
Postar um comentário