Todo mundo sabe que normalmente a maioria dos roubos acontece à noite, e a razão disso é porque a pouca luz daquela fase do dia esconde o rosto dos ladrões. Em Brasília há uma quadrilha agindo deste modo. Na calada da noite o Senado Federal incluiu um dispositivo na Reforma Política autorizando os candidatos a solicitar diretamente os provedores de redes sociais da Internet, como Facebook e Twitter, a remoção de conteúdo que os mesmos considerem como “discurso de ódio, disseminação de informações falsas ou ofensa”, sem necessidade de decisão judicial. Sem qualquer discussão, os ilustres parlamentares foram em poucos minutos uma medida que diversos juristas consideram como uma espécie de censura prévia durante o período eleitoral. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), anunciou que solicitará a presidente Michel Temer um veto parcial à medida. O “engenheiro” desta obra é o deputado Áureo (SD-RJ). Caso Temer não vete este absurdo, deputados e senadores já anunciaram que darão entre na Supremo Tribunal Federal (STF) numa Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin), cabendo mais uma vez à Justiça anular mais uma aberração criada pelos nossos legisladores(?).
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