Letícia Mori - Da BBC Brasil em São Paulo**Da BBC Brasil, em São Paulo
David Ryder/USA-Drug Seattle/Reuters
Homem se autoinjeta heroína em Seattle, nos EUA
Magros e com ar abatido, eles perambulam pelas ruas, com isqueiro na mão, comprando drogas para aplacar sua crise de abstinência. O cenário pode lembrar o de usuários de crack, que se espalham pelas capitais brasileiras, mas nesse caso retratam uma outra realidade: a do uso de heroína e opioides nos Estados Unidos e na Europa.
Os Estados Unidos acabaram de declarar uma epidemia de opioides - drogas derivadas do ópio, como a heroína, a morfina e a metadona - como uma emergência de saúde pública. "Nunca vimos algo como o que tem acontecido nos últimos quatro anos", disse o presidente Donald Trump na quinta.
Na Inglaterra, no país de Gales e na Escócia, o número de mortes por overdose de heroína dobrou nos últimos cinco anos - e é hoje o maior por ano desde que o governo começou a medir.
Nos EUA, um levantamento do governo federal divulgado em setembro apontou que o número de mortes causadas por fentanil, um anestésico e analgésico opioide de acesso restrito, aumentou 540% em três anos - foi de 3 mil, em 2014, para 20 mil, em 2017.
O relatório mostra que a epidemia atinge diferentes partes do país. A presença constante do vício em opiáceos sobrecarrega governos estaduais, que precisam deslocar cada vez mais recursos para remediar o problema. Leia mais em https://noticias.bol.uol.com.br
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