Foto: Jamil Casal / El País
Um advogado, apontado pela Odebrecht como responsável pela movimentação de parte do “dinheiro sujo” no exterior da empreiteira, acusa a empresa e executivos dela de mentir aos procuradores da Operação Lava Jato. Em entrevista à Folha de São Paulo publicada neste domingo (13), Rodrigo Tacla Durán, que atuou para a Odebrecht de 2011 até 2016, disse que a companhia fraudou documentos para ocultar pagamentos ilegais feitos nos últimos anos. Segundo Durán, executivos que controlavam um banco adquirido pela Odebrecht em Antígua, um paraíso fiscal no Caribe, desviaram recursos e ajudaram a empresa a esconder beneficiários de propina no exterior. “As contas eram operadas de maneira que era possível impedir o rastreamento completo dos recursos. O dinheiro vinha de outros bancos, entrava no banco de Antíqua e era transferido internamente para outras contas, sem registro. Assim, não se pode saber ao certo de onde veio e para onde foi boa parte do dinheiro”, declarou. Ainda segundo Dúran, o interesse maior era proteger "a movimentação completa do dinheiro” e apresentar apenas uma parte dela. BN
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