por Fernando Duarte*
A fala do professor Scott Mainwaring, da Universidade de Harvard, que coordena o programa de estudos sobre o Brasil, é bem lúcida sobre as perspectivas do futuro político do país (veja aqui). A questão não é se o Brasil vai se recuperar dos sucessivos escândalos que envolvem figuras centrais do cenário político-econômico nacional. É como e com quais estratégias os dirigentes vão lidar com os problemas, que não são pequenos. E a visão de um pesquisador estrangeiro não é a necessidade de reforçar o tão mal falado complexo de vira-latas que assola parcela expressiva da nossa população.
Foto: Reprodução/ FreePik |
É apenas um sinal de alento positivo de alguém que não está sendo afetado diretamente pelos problemas causados pelos malfeitos dos políticos que passaram pelo Palácio do Planalto, pelo Congresso Nacional e por tantas outras instâncias públicas; e também da esfera econômica, a exemplo dos clãs Odebrecht e Batista, autores das delações recentes que abalaram a República. Nesta quarta-feira (28), dois dos maiores veículos de comunicação do país, O Globo e O Estado de S. Paulo, publicaram editoriais diametralmente opostos sobre a denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra o presidente Michel Temer, por exemplo. É uma divisão que se repete no Brasil desde as primeiras fagulhas de crise, ainda em 2013, quando milhares de pessoas ganharam as ruas para protestar contra algo que não sabiam – e que ainda não está completamente claro. Tornamo-nos uma nação separada entre “nós” e “eles”. Esse é um alerta que alguém de fora mostra ao sugerir que é preciso pensar em como o Brasil vai se desenvolver para chegar ao destaque que merece no mundo. Que não deve ser entre as nações mais vitimadas pela corrupção, como tanto nos enxergamos. Este trecho integra o comentário para a RBN Digital que foi ao ar às 7h e tem reprise às 12h30. BN
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