Após um processo de quatro anos, os desembargadores Mário Alberto Hirs e Telma Brito, foram absolvidos pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A sessão que encerrou o julgamento aconteceu nesta terça-feira (30). "O CNJ fez o que eu esperava. Na verdade, foi um equívoco meu afastamento. O que fica para mim é a violência na forma em que o CNJ tirou um desembargador do cargo. Mas agora todos entenderam que a denúncia era improcedente", afirmou Hirs, em entrevista ao jornal A Tarde. Ele lembra que em 2013, quando presidia o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) foi afastado do cargo. Telma, que presidiu a Corte antes dele, também foi alvo de afastamento. Os dois retornaram ao TJ-BA em 2014, após uma liminar do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF). Hirs e Telma foram alvos de três processos administrativos disciplinares que investigavam o suposto pagamento irregular de R$ 448 milhões em precatórios às empresas Beira Mar Construções e Incorporações Ltda. e a Companhia Brasileira de Terraplenagem e Engenharia Ltda (Cobrate). Na sindicância que culminou no afastamento deles se constatou o pagamento de R$ 170 milhões a mais à Beira Mar e R$ 190 milhões à Cobrate (saiba mais aqui). “A Corregedoria Nacional era errada, porque manteve à frente Eliana [Calmon], senadora candidata ao plenário. Agora o próprio relator diz que foi erro da corregedoria. Houve uma confusão nesta transmissão. Antes de o afastamento ser anunciado, a notícia já estava na Folha de S. Paulo. Eliana sempre tratava o caso como escabroso, mas agora ela vê que estava errada”, pontuou Telma ao jornal. Na época, a ex-ministra Eliana Calmon considerou que aceitar o retorno dos desembargadores à Corte descreditaria o CNJ. BN
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