A Previdência Social apresentou no ano passado um rombo recorde de R$ 149,7 bilhões, um crescimento de 74,5% em relação ao ano anterior. E as previsões de especialistas apontam, para este ano, um rombo ainda maior, talvez na casa dos R$ 200 bilhões. Em 2016, as receitas previdenciárias cresceram 2,2% em termos nominais (sem descontar inflação), chegando a R$ 358,137 bilhões. Enquanto isso, as despesas avançaram 16,5%, para R$ 507,871 bilhões.
O crescimento do buraco no ano passado teve reflexo direto da desaceleração da economia e do encolhimento do mercado de trabalho. A Previdência urbana foi a que mais refletiu a recessão econômica. Superavitário entre 2009 e 2015, o segmento teve resultado negativo de R$ 46,3 bilhões no ano passado.
A Previdência rural, por sua vez, registrou rombo de R$ 103,4 bilhões. Mas o crescimento do buraco não se deve apenas aos fatores conjunturais. Entre os fatores estruturais que contribuem negativamente para as contas está principalmente o envelhecimento da população, que é contínuo e tem ocorrido de forma acelerada. Ou seja, haverá cada vez menos gente contribuindo para pagar a aposentadoria de uma parcela da população que só aumenta.
É com base nesses dados e na tendência de um rombo cada vez maior que o governo tem se esforçado para convencer os parlamentares da necessidade de aprovação da reforma da Previdência. O projeto foi apresentado em dezembro, mas sofreu uma série de modificações desde então. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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