O rádio permanece relevante para o ouvinte e, consequentemente, para o anunciante. A conclusão está na pesquisa Book de Rádio, panorama da Kantar Ibope Media sobre o meio e o comportamento do ouvinte. De acordo com o levantamento, a evolução tecnológica, apontada como possível responsável pelo fim do rádio, é considerada uma das principais ferramentas para democratizar a veiculação de conteúdo sonoro nas mais diversas plataformas e formatos.
Nas 13 regiões metropolitanas onde a pesquisa foi realizada, o alcance do rádio atingiu 89% da população, com média de 4h36min de sintonia diária.
Em Belo Horizonte (MG), o rádio tem maior alcance, chegando a 96% da população mineira.
A pesquisa comportamental revela ainda que os moradores de Goiânia (GO) são os que dedicam mais tempo do seu dia para o rádio: 5h34min.
Para 80% dos ouvintes paulistanos, é muito importante estar bem informado.
“Diariamente ouvimos comentários de que o rádio está morrendo, mas essa informação é falsa. O estudo indica que ele está muito presente na vida das pessoas, se adaptou muito bem ao advento da tecnologia, além de ser portátil e, com a internet, permite acesso a conteúdos retroativos para serem ouvidos a qualquer hora”, destaca Dora Câmara, diretora-executiva-comercial Brasil da Kantar Ibope Media.
O estudo traz ainda dados sobre o perfil demográfico do ouvinte, como hábitos, preferências, opiniões e consumo. Ao avaliar a audiência, a pesquisa apresenta informações sobre a compra de espaço publicitário no meio, incluindo principais categorias e anunciantes. De janeiro a novembro de 2016, foram veiculados 4,5 milhões de inserções publicitárias de 9.850 anunciantes diferentes, dos quais, 46% exclusivos do meio rádio.
No Rio de Janeiro, por exemplo, 64% dos ouvintes sempre procuram os melhores preços ao comprar equipamentos eletrônicos. Já em Recife, 85% gostam de produtos que facilitem o dia a dia. Em Salvador, os consumidores pretendem comprar casa ou apartamento nos próximos 12 meses.
“A pesquisa reforça o quanto o rádio pode ser segmentado para falar com vários públicos, agrega valor e frequência, além de disponibilizar informações qualitativas e quantitativas que baseiam essa decisão do anunciante”, afirma Dora. Com informações da Propmark / Escrito por Milena Tomazini
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