A fim de eliminar o estigma de "organização criminosa" adquirido com a Operação Lava Jato, a Odebrecht decidiu implantar uma ferramenta de disque-denúncia anticorrupção dentro da nova política de condução dos negócios. De acordo com a Folha de S. Paulo, o sistema será chamado de "Linha de Ética". Ele está previsto para funcionar em todos os 26 países em que o grupo atua e segue o modelo já utilizado pelas polícias, que é o da denúncia anônima, a fim de evitar possíveis retaliações. Em entrevista ao jornal, o consultor em gestão Sérgio Foguel, responsável por cuidar da implantação das novas diretrizes, explicou que a linha será o primeiro e não o único canal de denúncias. "O caminho que se adota é um longo caminho de conscientização e clareza. Até que as pessoas incorporem a atuação ética, íntegra e transparente por convicção genuína. Dificilmente uma pessoa que perceber um desvio de conduta e converse com seu líder não vai ter uma apuração encaminhada, a começar pelo próprio líder. O primeiro é o canal Linha de Ética, onde as pessoas fazem denúncias anônimas. Nenhuma denúncia deixará de ser apurada", ressalta o consultor.
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