Em um estudo publicado na revista Science Advances, um grupo de pesquisadores do Laboratório de Eletrônica Orgânica da Universidade Linköping, na Suécia, conseguiu desenvolver rosas que por meio de minúsculos circuitos eletrônicos, presentes dentro de seus sistemas vasculares, podem mudar de cor com um simples ‘clique’. Os polímeros eletrônicos inseridos são capazes de se montarem sozinhos, graças a estrutura “quase mágica” da flor.
Segundo ele, a idealização desse projeto foi tentada por décadas. A equipe então resolveu direcionar o foco para as roseiras, por terem todos os elementos de uma árvore, como caule, folhas, pecíolo e sistema radicular diferenciado. Além disso, são compactas, resistente e estão disponíveis em todas as lojas de flores.
No entanto, cada ingrediente eletrônico que a equipe tentava resultava em falha. Alguns até chegaram a estimular a liberação de compostos tóxicos pela planta, outros obstruíram o xilema e tecidos vasculares, utilizados para o transporte de água. Eventualmente, a equipe resolveu testar outros métodos, e assim, quando Berggren cortou os caules das rosas, e depois aplicou uma solução com uma variante do polímero orgânico poli-3,4-etilenodioxitiofeno, chamado PEDOT-S:H, que continha boa condutividade elétrica quando hidratado.
Segundo ele, esse sistema poderia, um dia, ser usado para prevenir as flores de florescerem durante as geadas, ou quando estivesse a caminho. Podendo ser utilizadas para aumentar a produtividade de uma planta, quando as condições meteorológicas são favoráveis.
Contudo, a alteração de algumas características, como a época de florescimento, por exemplo, pode ter consequências graves para um ecossistema, se feito de forma permanente e especialmente se essas mudanças se espalhassem por florestas e campos. Mas de acordo com Berggren, o interruptor eletrônico seria reversível. Para o uso em culturas alimentares, eles teriam de provar que o sistema não alterará os frutos, sementes ou porções comestíveis de uma planta. [ Live Science ] [ Foto: Reprodução / Universidade de Linköping / Diário de Biologia ]
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