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terça-feira, 7 de junho de 2016

Não tem jeito. Vem mais um imposto aí

O governo fazer o que é necessário é difícil. Se for na área econômica, é mais difícil ainda. Com seus pronunciamentos e entrevistas, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, conseguiu a proeza de unir o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, e o líder da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), ambos com o mesmo discurso contra o pacote da equipe econômica, agora do governo de Michel Temer (PMDB).

E por falar no presidente, Temer prega que quer “criar empregos e pacificar o país”. Henrique Meirelles defende a criação de um novo imposto, na já altíssima carga tributária brasileira. Como criar empregos assim? Porque pacificar o país, especialmente o empresariado, é impossível com essa medida.

Enquanto o governo promete cortar gastos, diminuir o número de ministérios e fala em demitir 5 mil funcionários que não têm estabilidade, a Câmara dos Deputados dá mau exemplo.

Mantém para Eduardo Cunha – é, ele mesmo, o presidente da Casa que foi afastado não só da presidência, mas também do mandato – salário integral de R$ 33.763 por mês, R$ 92 mil para os funcionários do gabinete, carro oficial, avião da Força Aérea Brasileira (FAB), equipe de guarda-costas (disso ele precisa mesmo), entre outras regalias.

O primeiro-secretário da Câmara dos Deputados, Beto Mansur (PRB-SP), que é quem cuida desta área, mirou-se no exemplo e deu a sua desculpa, dizendo: “O Eduardo só teve o que a Dilma teve”. Então ficamos assim, dois salários iguais: na Presidência da República e na presidência da Câmara dos Deputados. A conta é sua.

Aliás, voltando à economia propriamente dita, mais um imposto vai onerar ainda mais os brasileiros, que já pagam muito, não custa repetir. Não é deste jeito que a promessa de resgatar o crescimento da economia vai ser concretizada. Muito antes pelo contrário.

Enfim, presidente novo, vida nova. Quem sabe ele dá sorte e a recessão – que é generalizada mundo afora – dê, pelo menos, um fôlego? Não é, no entanto, o que parece que vai acontecer. Infelizmente.  por Eduardo Homem de Carvalho

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