Foto: Reprodução / Globo News
O ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, eram os responsáveis por cobrar doações para campanha da presidente Dilma Rousseff (PT) em 2014. A revelação foi feita por Marcelo Odebrecht aos procuradores da Operação Lava Jato, em roteiro para negociar sua delação premiada. Segundo o ex-presidente da Odebrecht, Mantega e Coutinho tentavam negociações com empresários que tinham financiamento do banco para projetos no exterior. Mantega já foi citado na Lava Jato como responsável por negociar doações para a campanha da presidente Dilma, inclusive com pagamentos de caixa 2. Monica Moura, esposa do marqueteiro João Santana, disse que o ex-ministro já havia se reunido com ela para indicar executivos de empresas que deveriam ser procurados para receber contribuições em dinheiro que não foram declaradas à Justiça Eleitoral. Segundo o site do jornal Folha de S. Paulo, relatos de empresários apontam que Mantega e Coutinho recebiam grandes empreiteiros e pediam que eles se reunissem com Edinho Silva, para que "continuassem sendo ajudados". Apesar das revelações, o acordo de delação ainda não foi fechado, já que os procuradores esperam ainda que o empresário explique como funcionaria o esquema de financiamento de projetos no exterior das empreiteiras por meio do banco brasileiro. A expectativa da força-tarefa, segundo a publicação, é que Odebrecht traga novidades na área, a mesma em que o ex-presidente Lula atuava na defesa de interesses de construtoras brasileiras na disputa de projetos na América Latina e na África. Mantega e Coutinho foram procurados pela reportagem e afirmaram que nunca trataram de doações para campanhas eleitorais. "Este tema jamais foi abordado durante qualquer contato com executivos da Odebrecht ou de qualquer outra empresa", disse o presidente do BNDES, por meio de nota. O advogado do ex-ministro da Fazenda, José Roberto Batochio, garantiu que Mantega "jamais tratou de assunto de campanha de quem quer que seja". "Como ministro da Fazenda, Guido Mantega se ocupava de outras políticas públicas e, como membro do PT, jamais teve a incumbência de tratar de doações de campanha", afirmou. Edinho Silva também se manifestou, negando qualquer ilegalidade nas doações de campanha. bn
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