A partir desta quinta-feira (31) os medicamentos estarão mais caros. Segundo a indústria farmacêutica, é de um aumento em torno de 12%, autorizado pelo Ministério da Saúde. É um aumento acima da inflação. Mas muitos produtos estão em falta nas farmácias. Quem trabalha no ramo diz que prateleira mais vazia não é novidade nenhuma na chamada época de pré-alta, ou seja, nas semanas que antecedem o reajuste autorizado pelo governo. Os comerciantes dizem até que é uma escassez com data certa para acabar. Basta o aumento entrar em vigor para o remédio voltar a aparecer.
O presidente do Sindicato das Farmácias de Minas (Sicofarma/MG), Rony Resende, tentou comprar oito remédios numa distribuidora e só encontrou um. "Em algumas cidades do interior essas faltas chegam a até 50%. O dono da drogaria faz um pedido de 10 medicamentos chega para ele só cinco. A gente não sabe se ele está na indústria ou na distribuição. Fato é que nos deixa muito preocupados é que quando inicia o mês, após a alta do medicamento, a gente consegue comprar esse produto.
É muito triste saber que tem alguém especulando com o preço do medicamento em detrimento à saúde das pessoas”, fala Rony Resende. A Associação da Indústria Farmacêutica não informou os motivos da demora na reposição de estoques. Já Abafarma, associação que representa as distribuidoras, negou que o atraso seja proposital e declarou que houve aumento da demanda e que, por isso, não conseguiu cumprir os prazos.
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