No começo era a febre amarela. Depois veio a dengue. Mais recentemente, a chikungunya, e, logo depois, o zika. Entre especialistas em epidemias, o pensamento é um só: sabe-se lá o que mais pode vir daqui para frente. Em comum, todas as doenças compartilham o mesmo vetor de transmissão, o mosquito Aedes aegypti. Sabe-se na literatura médica que pelo menos mais 17 outros vírus podem ser carregados pelo mesmo mosquito, mas ninguém se arrisca a dizer se algum deles pode se mover nem qual poderia ser o próximo a chegar ao Brasil.
Trabalhos de vigilância dos países e de instituições como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos tentam fazer essas estimativas, mas nem eles imaginavam há pouco mais de dois anos que o zika, por exemplo, poderia ter a movimentação que teve. Descoberto em 1947 na Floresta de Zika, em Uganda, ficou por cerca de 60 anos contido entre alguns países da África e da Ásia. Em 2007, começou a andar para o leste, indo para Micronésia, depois ilhas do Pacífico, Polinésia Francesa, até chegar ao Brasil - provavelmente na Copa do Mundo de 2014 ou em um campeonato de canoagem pouco tempo depois. Leia AQUI
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