Antes de 1988, o cidadão não tinha um sistema de proteção da sua saúde integral, a não ser acesso ao sistema de pronto socorro. Ou seja, era um sistema emergencial, nem sempre chegava a ser atendido. Morria-se pelos corredores ou na sua porta. Havia também o sistema limitado, de institutos de atendimento por categorias profissionais. Precisava-se de comprovação de que se trabalhava ou de que era dependente do trabalhador. A Constituição Federal de outubro de 1988 instituiu o Sistema Único de Saúde. Conforme o Artigo 196 da referida Constituição “a saúde é direito de todos e dever do Estado”. A garantia desse direito se faz mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença, de acesso universal, igualitário e integral, para sua promoção, proteção e recuperação. Conforme o IBGE, segundo dados da Conta Satélite de Saúde foram gastos com bens e serviços relacionados à saúde, em 2013, cerca de R424 bilhões, sendo R$234 bilhões despendidos pelas famílias e R$190 bilhões pelos governos, em escala federal, estadual e municipal, reunidos. O gasto por cidadão alcançou R$2.120,00, sendo R$1.170,00 por indivíduo e R$950,00 pelos governos, naquele ano. Por mês seria R$97,50 do cidadão e R$79,17 do poder público. É claro que é pouco. Por seu turno, o sistema é deficiente, havendo o sistema particular, em profusão, entrelaçado pelo sistema de planos de saúde. A estrutura é extremamente complexa e emperrada. Em síntese, é um sistema mal administrado.
Pensou-se que estaria erradicada do Brasil a doença da dengue, em 1955, transmitida pelo mosquito aedes aegypti. Este já sofreu várias formas de mutação. Há cerca de 30 anos a proliferação de casos de doenças, derivadas das picadas dos mosquitos colocou em vigor pelo menos cinco formas de doenças, sendo a que tem colocado em pânico são as mulheres grávidas, porque já está comprovado que a picada do mosquito pode resultar em que o bebê nasça com microencefalia. Isto é, um crânio menor do que o normal e incompleto para as suas funções cerebrais. A dengue do tipo 1, com febre, tem maior probabilidade de cura. Mas, a dengue do tipo 2, a dengue hemorrágica é mais letal. Entre 2009 e 2013, o Brasil teve mais de 3 milhões de casos registrados de dengue com pelo menos 800 mortes. Neste ano já foram registrados mais de 500 mil casos de dengue. O Instituto Butantan iniciou as terceira e última etapa de vacina contra o vírus da dengue. A vacina será testada em 17 mil voluntários de 13 cidades, em 12 Estados das cinco regiões brasileiras. Porém, a vacina somente poderá ser disponibilizada em 2017. Enquanto isto os brasileiros vão perdendo na guerra da dengue. por Paulo Brito
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