Senador Randolfe Rodrigues (ex-PSOL) assina ficha de filiação ao partido.
Ao assinar a ficha de filiação do senador Randolfe Rodrigues (ex-PSOL-AP) à Rede Sustentabilidade, a ex-senadora Marina Silva afirmou que está em busca de qualidade, e não quantidade, na formação do novo partido. Para ela, PT e PSDB estão “estagnados”. Apesar de atacar o governo Dilma Rousseff, principalmente por causa da crise econômica, ela classificou como “oportunismo político” defender impeachment neste momento.
— Nós não temos feito abordagem pensando em quantidade, estamos buscando compatibilizar a quantidade e a qualidade. O importante é que esse é um momento de reafirmarmos nosso objetivo de dar contribuição para melhorar a qualidade da politica — disse Marina, que disputou a presidência da República no ano passado.
Além de Randolfe, já migraram para a Rede os deputados federais Alessandro Molon (ex-PT-RJ), Miro Teixeira (ex-PSOL-RJ) e Aliel Machado (ex-PcdoB-PR). Fundadora do PSOL, a vereadora por Maceió Heloísa Helena também se filiou ao novo partido, assim como os deputados distritais (o equivalente a um deputado estadual pelo Distrito Federal) Cláudio Abrantes (ex-PT), Chico Leite (ex-PT) e Luzia de Paula (ex-PEN). No Rio, a Rede recebeu o vereador Jefferson Moura (ex-PSOL).
— Na década de 80, final de 70, o PT deu sua contribuição. Hoje é um partido que está estagnado. O PSDB fez a mesma coisa quando saiu do PMDB, mas hoje também vive os dilemas do crescimento deles próprios e de suas estagnações — disse Marina.
Até então único representante do PSOL no Senado, Randolfe disse que se distanciou do partido durante a campanha presidencial do ano passado. Ele queria ter disputado o Palácio do Planalto, mas o PSOL lançou a ex-deputada Luciana Genro.
— Desde o ano passado, durante a campanha eleitoral, a relação com o partido se deteriorou — disse ele que, mesmo assim, fez elogios ao PSOL.
Apesar de ter aproveitado o ato de filiação de Randolfe para fazer críticas ao governo, Marina voltou a dizer que não há razões para um impeachment neste momento:
— Se temos produzido pela Justiça provas materiais que envolvem diretamente a presidente da República, em função de sua campanha ou por outro motivo, não há o que tergiversar. Sem isso, não se muda presidente da República porque discorda do presidente da República, senão criamos precedente para oportunismos políticos. Fonte: Fernanda Krakovics/http://oglobo.globo.com/*Foto: Jorge William/Agência O Globo
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