Uma pequena televisão está ligada em um abrigo em Cúcuta, destino de colombianos que estão chegando à cidade do noroeste da Colômbia vindos da vizinha Venezuela.
Ela mostra, ao vivo, o jornal das 19h. Está rodeada por cerca de 30 pessoas que observam como estão sendo contados os acontecimentos que elas mesmas protagonizam.
Luis José Avendaño, Susana Leal e Yesid Montagú são parte do grupo de telespectadores. Assim como muitos dos colombianos no local, eles foram separados de suas famílias ao serem deportados da Venezuela nos últimos dias.
O fechamento da fronteira foi decidido por Caracas na semana passada, depois que três soldados venezuelanos foram feridos a tiros. O presidente Nicolás Maduro responsabilizou paramilitares supostamente ligados ao ex-presidente colombiano Álvaro Uribe.
Desde então, centenas de colombianos, muitos deles sem documentos, vivendo na Venezuela foram expulsos do país. Segundo Caracas, trata-se de uma ofensiva contra o contrabando e a atividade de quadrilhas na região.
A BBC Mundo, serviço em espanhol da BBC, conversou com os três deportados.
Uma história de repetidas partidas forçadas
Não é a primeira vez que Luis José Avendaño tem de deixar um lugar a força.
Nos anos 1990, voltou para a casa um dia e encontrou o corpo de seu pai baleado com dez tiros.
"Disseram que foi um grupo armado", conta. Mas não sabe de mais nada.
Ele foi embora para San José del Oriente, no Estado de Cesar. "E também tive de sair de lá por causa de grupos armados, paramilitares." Viajou, então, para a Venezuela.
No domingo passado, teve de sair à força do local em que vivia pela terceira vez. Leia tudo aqui em http://surgiu.com.br
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