Jornal o Globo - Ao abrir a reunião com 27 governadores nesta quinta-feira, no Palácio da Alvorada, a presidente Dilma Rousseff defendeu seu mandato, deixando claro que, a despeito da ameaça de um impeachment, ficará no cargo até 2018. Em um discurso que durou 32 minutos, a presidente afirmou que o país passa por um período de transição, e que o pior já passou. No início da fala, Dilma atribuiu o não cumprimento de promessas eleitorais a fatores como a crise internacional, a queda nos preços das commodities e a desvalorização do real frente ao dólar, que ajudou a aumentar a inflação. A presidente afirmou ainda que o governo tem de estar preparado para receber críticas e sugestões.
— Eu queria dizer aos senhores que eu, pessoalmente, sei suportar pressão e até injustiça. Isso é algo que qualquer governante tem de se capacitar e saber que faz parte da sua atuação. Quero dizer que tenho ouvido aberto, enquanto razão; e o coração, enquanto emoção e sentimento, para saber que esse novo Brasil que cresceu, se desenvolveu e não se acomoda é aquele Brasil que nós queremos. É aquele Brasil que não se satisfaz com pouco, que sempre quer mais. É esse o Brasil que queremos cada vez mais desenvolvido, crescendo cada vez mais — afirmou.
Dirigindo-se aos governadores, a presidente da República conclamou a todos para uma série de iniciativas, como a reforma do ICMS que, segundo ela, embora seja de ordem microeconômica, terá repercussões macroeconômicas para o crescimento e para a geração de empregos. — Conto com vocês. Quero dizer, do fundo do coração, que vocês podem contar comigo. Há muito que nós sabemos que o Brasil se passa nos estados e nos municípios. Se nós não tivermos um projeto de cooperação federativa, em que nos articulemos e façamos com que ela dê frutos e resultados, não estaremos trilhando o bom caminho. O bom caminho é aquele da cooperação.
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