Ocupação do Complexo da Maré, no Rio
19.jun.2015 - Homens da Força de Pacificação das Forças Armadas, que vai deixar o complexo de favelas da Maré no dia 30 de junho, patrulham terreno na comunidade Vila dos Pinheiros, na zona norte do Rio de Janeiro* Fábio Teixeira/UOL
Em um ano e três meses de ocupação, que termina nesta terça-feira (30), com a transferência do patrulhamento para a Polícia Militar, mais de 23 mil militares das Forças Armadas atuaram no complexo de favelas da Maré, na zona norte do Rio de Janeiro. Dentro de uma das regiões mais violentas da cidade, alvo de disputas entre facções criminosas rivais, eles integraram a chamada Força de Pacificação, com poder de polícia.
Neste período, no entanto, a paz se limitou ao nome dado ao conjunto de tropas, trocadas a cada dois meses. Casos de violência, tiroteios, agressões de militares contra civis e mortes se acumularam nas comunidades, levando moradores a afirmar na última semana que a operação das Forças Armadas falhou.
Durante os 15 meses, foram registradas oito mortes violentas nas 15 comunidades da Maré ocupadas pelos militares. Uma delas foi a do sargento Michel Augusto Mikami, em novembro do ano passado, durante um patrulhamento na Vila dos Pinheiros. As outras sete vítimas eram moradores do complexo. Não foi informado quantas delas estavam envolvidas com o crime.
Segundo a Força de Pacificação, 27 integrantes das Forças Armadas foram feridos a balas em ações de confronto com criminosos, sem gravidade. Na noite do último dia 17, três deles foram alvejados em uma troca de tiros que resultou na morte de um morador da Vila dos Pinheiros. Vanderlei Conceição de Albuquerque, 35, estava dentro de casa quando foi atingido por uma bala perdida. mais em: http://zip.net/bmrwcm
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