O dinheiro - mais de 500 bilhões a preço de hoje - que os governos despenderam nos recentes 25 ou mais anos nesta suposta Reforma Agrária - incluindo a manutenção do "exército de Stedile" - é o dinheiro que falta na reforma realmente necessária: a Urbana, a das periferias precarizadas das grandes e médias cidades; são periferias desprovidas de urbanização (incluindo a CONTENÇÃO DE ENCOSTAS que evita deslizamentos de terra) saneamento, transporte de qualidade, serviços, lazer, etc. Tais obras e serviços assegurariam, paralelamente, muita renda e emprego.
Dessas periferias procede larga parcela dos chamados sem-terra, gente que nunca antes plantou um pé de feijão ou laçou um boi, como costumo dizer.
Se, no passado, a Reforma Agrária foi uma necessidade, deixou de ser a partir da revolução do agronegócio, a que inclui, dentre outros, três elementos principais: 1. a abertura de fronteiras agrícolas no Cerrado (Goias, Tocantins, Oeste de MG, Oeste da Bahia, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso; 2. A introdução da soja (hoje transgênica) e decorrências, como o desenvolvimento da avicultura, suinocultura e da própria sojicultura; a modernização da pecuária, com base no rebanho Nelore e na tecnologia.
Em tempo: a revolução urbana seria complementada, necessariamente, com a revolução da educação nas mesmas periferias.
*José Valverde Valverde, via Facebook, Com: http://brasil.estadao.com.br/noticias/geral,deslizamentos-de-terra-deixam-aos-menos-14-mortos-em-salvador,1676901
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