Sheila Andrade tinha 16 anos e iniciava o terceiro ano do ensino médio na Zona Sul de São Paulo quando descobriu que estava grávida do então namorado. Aos cinco meses de gravidez, a dificuldade de se locomover a pé até a escola a fez desistir de estudar. Hoje, seu filho Brayan tem seis meses, e a jovem passa os dias em casa cuidando do bebê, enquanto tenta uma vaga em uma creche pública, para poder então voltar às aulas.A jovem encara a realidade de outras mais de 309 mil mães adolescentes que estão fora da escola, segundo levantamento do Movimento Todos pela Educação, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2013, ao qual o G1 obteve acesso. A Pnad mostrou que o Brasil tinha 5,2 milhões de meninas de 15 a 17 anos. Dessas, 414.105 tinham pelo menos um filho. Neste grupo, apenas 104.731 estudam. As outras 309.374 estão fora da escola. Um pequeno grupo só trabalha (52.062). A maioria dessas jovens (257.312 adolescentes) não estudam nem trabalham. É o caso de Sheila, que depois do nascimento de Brayan teve de parar de estudar e trabalhar. "Quero concluir o ensino médio e conseguir um emprego", diz a jovem mãe.
Nenhum comentário:
Postar um comentário